Cavaliers vencem o jogo 3 e respira na série contra os Pacers

Donovan Mitchell lidera vitória dramática do Cavaliers no jogo 3 e mantém esperança viva

Entre os escombros das duas derrotas anteriores, o Cavs encontrou o orgulho e sobreviveu. Com um placar de 126-104, o Cavaliers venceu o Indiana Pacers fora de casa, assim deixando a série com uma vitória de desvantagem: 2-1.

Antes de começar a partida, Cleveland foi para o tudo ou nada com a volta de Evan Mobley, De’Andre Hunter e Darius Garland longe dos 100%. E que a verdade seja dita: o Cavs não teria vencido essa partida sem o sacrifício desses três jogadores.

“É ótimo ter esses caras de volta”, disse Mitchell após o jogo. “Eles nos trazem um grande impulso, me trazem um grande impulso. Eu vou à guerra com esses caras. Confio em todos neste vestiário. E vocês viram isso hoje à noite. Mas, no fim das contas, conseguimos fazer isso de novo.”

Começando por Hunter, que não teve uma noite de arremessos muito boa — possivelmente por conta da lesão —, mas que foi um bom contribuinte para a defesa. Já Evan Mobley jogava como se não tivesse torcido o tornozelo, com os seus 13 rebotes (5 ofensivos) e com uma defesa que faz jus ao seu prêmio de DPOY, além da contribuição para o ataque com 18 pontos.

Darius Garland estava longe dos seus 100%, jogando com muita dor e marcando 10 pontos, mas a sua presença em quadra mudou o ataque de Cleveland da água para o vinho, além de facilitar a vida de seus companheiros de equipe com sua criação de arremessos — inclusive a de Mitchell, que teve um jogo menos exaustivo. O sacrifício e as habilidades de armação de Garland eram tudo que o Cavs precisava nessa série.

“Eu disse a ele: 20% de você, 30% de você é tudo o que precisamos, cara”, disse Mitchell, sobre Garland. “Ele está lutando e se esforçando. Tenho muito respeito por ele.”

Esse jogo foi completamente diferente dos anteriores, pois a terceira partida tinha intensidade e senso de urgência. Era o basquete “ético de Cleveland” sendo executado. Não apenas o ataque tinha fluidez, mas também a defesa em zona 2-3 foi o divisor de águas desse jogo.

Os Cavs dominaram o jogo desde o segundo quarto, com a vantagem não abaixando de 11 pontos. Porém, no momento mais frágil do jogo, no terceiro quarto — que parecia uma repetição da partida anterior —, Donovan Mitchell se impôs e não deixou seu time entrar no buraco novamente.

Por fim, mais um desempenho colossal de Mitchell: 43 pontos, talvez seu melhor na pós-temporada. Ele controlou o jogo sem decisões precipitadas e, mais importante, entrou na partida quando o time mais precisava. Atuações como essas fazem Mitchell ser um dos melhores jogadores de playoffs.

“Achei que ele foi magistral”, disse Atkinson. “Eu quase nunca uso essa palavra. Ele foi magistral na forma como controlou o jogo — passando, tomando as decisões certas, defendendo. Provavelmente, para mim, a melhor atuação do ano.”

Ainda machucado, ainda desfalcado, mas finalmente vivo. Para essa vitória ser validada, o Cavs deverá buscar o empate da série. É vencer ou se perder de vez — e o Cavaliers tem que escolher lutar.

“Não fizemos nada”, disse Mitchell. “Vencemos um jogo. Temos que fazer de novo. … Eu disse a eles: não vamos comemorar, não vamos sorrir. Viemos aqui para vencer dois jogos, e vencemos um. Entendendo que o próximo será o jogo mais difícil da série. E o próximo depois desse será o jogo mais difícil.”

Foto: NBA.com / Divulgação

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